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Adicionando 'Dimensão Humana' a simulações de negócios

Postado por Elyssebeth Leigh & Joan Lofgren on Terça-feira, Setembro 04, 2018 | Duração de leitura: 4 min.

Campus Mikkeli da Universidade AaltoNo Campus Mikkeli da Universidade Aalto na Finlândia, estudantes na fase final de seus cursos BScBA (Graduação em Ciências em Administração de Negócios) participaram do CESIM Global Challenge na disciplina de conclusão durante a primavera (eles farão intercâmbio no outono). Esse curso combina decisões financeiras e estratégicas com a examinação detalhada das 'dimensões humanas' dos futuros locais de trabalho dos estudantes — uma combinação que tem sido central a cada ano desde sua primeira aplicação em 2015. O tempo todo, os participantes estão trabalhando, paralelamente, com duas perguntas: "Quais nossas opções para alcançar o melhor retorno possível para os acionistas?" e "Como estabelecer e manter uma efetiva dinâmica de grupo na nossa equipe?"

Em muitos contextos, o conteúdo e a atividade de uma simulação de negócios voltam sua atenção para fatores que ocorrem fora do grupo, especificamente tomada de decisões sobre finanças e estratégia em um ambiente hipotético bem equilibrado. Isso pode desviar a atenção da dinâmica de interações pessoais dentro do grupo.

No entanto, é sabido que decisões (tanto de negócios quanto políticas) tomadas por gestores trabalhando em grupos são altamente influenciadas por fatores existentes dentro da natureza coletiva do grupo em questão. Isso indica que membros de equipe com um conhecimento básico de trabalho em equipe se beneficiarão em dedicar atenção às exigentes tarefas de tomada de decisões financeiras e estratégicas enquanto também atentam para os fatores pessoais internos que influenciam os seus próprios comportamentos (e decisões), assim como dos colegas.

Com isso em mente, participantes da disciplina de conclusão em Mikkeli são apresentados a conceitos de dinâmica de grupo, incluindo "pressupostos básicos" de Bion (Armstrong 2005), "Pensamento de grupo" (Janis) e o "Paradoxo de Abilene (Harvey 1988), para ajudar-lhes a construir regras para comportamento de grupo/individual e comunicação interna. A aplicação do conceito de Preferências de Papel da Equipe (Belbin) auxilia na consciência de como modos de operação pessoais afetam decisões e resultados em equipe.

Baixe o guia gratuito de Cesim Global ChallengeEmbora as funções de Responsabilidade Social e Recursos Humanos no CESIM Global Challenge exijam que as equipes contemplem tais questões na perspectiva hipotética da simulação, elas não fazem, por si só, com que os grupos percebam as dinâmicas coletivas que pautam suas ações e comportamentos.

Claro que esse foco em comunicação interpessoal não é uma adição tardia ao currículo do BScBA, mas sim uma linha contínua ao longo do curso de estudos. E é digno de nota no contexto de simulações de negócios porque ele faz com que os participantes constantemente considerem a importância tando de fatores técnico de dados quanto componentes de habilidades sociais para serem eficientes gestores e tomadores de decisão.

Na disciplina de conclusão de Mikkeli de 2018 haviam 18 equipes, com 4 ou 5 membros cada, em três Universos. Destas, todas superaram 50% de todas as equipes que completaram CESIM Global Challenge e 17 delas superaram 70%.

Uma avaliação pedia uma reflexão pessoal sobre a experiência e os seguintes comentários de três membros da mesma equipe representam muitas das outras respostas:

  • "... minha equipe não tinha um especialista em finanças, eu não conhecia direito meus colegas de equipe e [a simulação] aparentava ser extremamente complicada. Me parecia uma receita para desastre e fracasso, mas eu estava completamente enganado. Embora a tarefa em vista parecesse mais complicada que o nó górdio, a resposta era mais simples do que eu esperava... Era o bom e velho trabalho em equipe."
  • "... depois da última rodada de decisões, um membro de uma equipe disse que o trabalho em equipe havia sido tão intenso e envolvente quanto uma atividade física em equipe no exército Finlandês, no melhor sentido."
  • "Nossa vantagem competitiva em relação às outras equipes foi nosso intenso trabalho diário no mesmo espaço. O fato de que sempre tomamos decisões em consenso e trabalhávamos presencialmente juntos, e não dividindo tarefas para trabalhar individualmente, fez nosso trabalho coeso e cuidadosamente pensado."

Essa equipe, com cinco membros de 3 países diferentes e com idades indo de 22 a 50 anos, superou 80% das outras equipes, mesmo sem ter um especialista em finanças ou maior conhecimento de estratégia. A combinação de atenção enquanto equipe com habilidades técnicas e sociais funcionou bem para eles e comentários auto-avaliativos de muitos dos outros 77 participantes indicam experiências similares. A disciplina de conclusão de 2019 será aguardada ansiosamente.

Bibliografia
  • Armstrong, D. 2005, Making Absences Present: the Contributions of W R Bion to Understanding Unconscious Social Phenomena, Robert M. Young Online Archive, viewed 15/04/2018 2018, <http://human-nature.com/group/chap3.html>.
  • Belbin, M., Team Role Preferences, Belbin Associates, viewed 10/05/2018 2018.
  • Harvey, J., B. 1988, 'The Abilene Paradox: The Management of Agreement', Organizational Dynamics, vol. Summer 1988,, pp. pp. 17–43.
  • Janus, I., Groupthink, 2018, <http://www.psysr.org/about/pubs_resources/groupthink%20overview.htm>.

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